Intolerância que alimenta a violência



Bruno Souza, Lucas Hirao, Marcos Vinicius, Matheus Cunha.

     A intolerância é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças as demais crenças e opiniões. O ser humano, desde tempos antigos, executa atos de violência contra pessoas e povos que possuem características e ideologias das consideradas mais comuns.
     Os acontecimentos das guerras religiosas na França e a escravização de povos negros em colônias europeias são exemplos claros de que o ser humano, ao longo de sua história, possui a tendência de se opor as diferenças com o utilizando violência e abuso do poder.
     Atualmente, mesmo com inúmeros avanços tecnológicos e a difusão de novas ideias, ainda existe intolerância. Neste texto, tratar-se-á sobre violência contra os homossexuais. Só no Brasil, a cada 28 horas ocorre um caso de homofobia, praticamente um caso por dia.
     Seja por religião, grupos sociais, ou governos radicais, a criminalização da homossexualidade é uma resposta à ameaça sentida por essas entidades, que temem perder a influência que possuem.
     Na reportagem Violência contra homossexuais, do programa Conexão Repórter, da emissora SBT, o medo e o ódio ficam evidenciados. Um grupo de skinheads afirma que é contra a homossexualidade por entender que se trata de uma ameaça à família tradicional, contra a natureza e contra os princípios religiosos e por isso, utilizam a violência como forma de reprimir. A intolerância parte da premissa que suas ideologias fundamentalistas, não havendo uma análise racional, pois na própria natureza há relatos de homossexualismo entre animais, como relatado em 1914 por Hamilton no Journal of Animal Behaviour, ensinam.
     A “ferramenta” da sociedade para enraizar esses fundamentos preconceituosos impostos pelas entidades influentes é utilizada desde cedo, desde a infância. A família desenvolve a criança com base na intolerância, que futuramente será uma arma de combate a homossexualidade. Inclusive, formadores de opinião instigam o ódio contra a homossexualidade. E quando se fala em formadores de opiniões, entende-se desde o pastor que prega que a homossexualidade é uma doença até o irmão mais velho que, mesmo indiretamente, influencia irmãos mais novos.
     O efeito disso é óbvio, o momento mais difícil na vida de um homossexual deve ser o momento em que ele se assume perante a família. Pois em inúmeros casos não há aceitação por parte dos pais, irmãos etc. A pessoa acaba expulsa de casa, isso mesmo,, expulsa do único lugar em que deveria receber segurança.
     Uma alegação ridícula é a que diz: “os homossexuais não respeitam os heterossexuais, eles mexem na rua caso vejam um homem bonito, não respeitam.” É evidente que esse comportamento não é idêntico ao de homens perante as mulheres, e nos dias de hoje, de algumas mulheres também. E sim, houve ironia.
     Desta forma, a infundada intolerância é transmitida geração após geração, mas graças a Deus, está diminuindo. Não que esteja mais comum ser homossexual, isso sempre houve, a diferença era a repressão que havia. Um grande passo dado pela sociedade foi reconhecer a união homoafetiva, o que na opinião dos autores não se tratou de uma decisão contra o restante da sociedade, e sim uma decisão a favor da cidadania, da democracia e contra o fim da intolerância, que infelizmente demorou muito para ser tomada.

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